domingo, 27 de dezembro de 2009

CAVA

Nome que os vinhos espumantes naturais recebem na Espanha.

A Espanha é a maior produtora do mundo deste tipo de vinho, suplanta a França que tem o seu Champagne.

Em todo o território espanhol pode ser produzido, mas é na Catalunha, na Região do Pénedes, mais precisamente em San Sadurni de Noya que se concentra a maior e melhor produção. Nesta região as uvas Xerello, Macabeu e Perellada formam a base para a elaboração deste produto. Os dois métodos naturais de elaboração de espumantes são adotados, o Tradicional (champenoise) e o Charmat (fermentação em cubas de inóx). Segundo a graduação de açúcar, são produzidos 4 tipos de vinhos: o Extra Seco, o Seco, o Semi Seco e o Doce.

A Cava é um produto tão popular em Espanha, que é difícil encontrar uma residência espanhola que não tenha uma ou várias garrafas de Cava no refrigerador. Ao saírem para seus programas noturnos, os espanhóis costumam marcar um ponto de encontro na casa de uma amigo e antes de sair para jantar ou dançar, todos tomam algumas “copas de cava”.

As marcas mais famosas de Cavas são Codorniu e Freixenet, cada uma destas Casas produz anualmente quase 60 milhões de garrafas de Cavas.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

DORNFELDER

Dornfelder


Casta tinta alemã, desenvolvida a partir do cruzamento das castas Helfensteiner e Heroldrebe.
Recebeu este nome em homenagem ao fundador da escola vitícola de Württemberg, no século XIX. Seu cultivo de sucesso iniciou-se em 1955. Sua maior contribuição é para a pigmentação, pois os vinhos tintos alemães sofriam por falta de uma cor robusta, sendo na sua maioria considerados “rubinos”, ou seja, um passo a mais na cor de um rose. Com esta cepa, os vinhos alemães tintos ganharam mais cor. Com excelente acidez e um bom descritivo aromático, os vinhos obtidos desta uva podem muito bem passar pela madeira e evoluírem nas garrafas. Em 2008 existia mais de 2.000 ha de vinhedos de Dornfelder cultivados em toda a Alemanha, destacando-se a região de Baden Württemberg como a maior produtora de vinhos desta casta

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

CHAMPAGNE


Saudações Vinícolas!

História


Embora existam registros históricos atestando o plantio de vinhas nessa região há muitos, muitos anos atrás, os louros recaem sobre os romanos. Teriam sido eles os responsáveis por darem início à cultura de vinhas e, portanto, à produção de espumantes na França.


Mas teria sido Don Perignon, monge beneditino, em 1670, quem iniciou a fabricação do champanhe da maneira como o degustamos hoje. Deve-se a ele a descoberta dos cinco principais elementos do processo de fabricação.


A Região demarcada de Champagne foi oficialmente instituída em 1927, desde então, somente três tipos de uvas são permitidos para a produção de champanhes: chardonnay, pinot noir e pinot meunier (a primeira branca e as duas últimas pretas). Além disso, estritos regulamentos foram criados para limitar a quantidade de uvas produzidas e por consequência, a quantidade de champanhe produzido nas vinícolas, garantindo um elevado padrão de qualidade.


Assim, somente os vinhos produzidos nessa região, ganham o título de ‘champagne’, Qualquer espumante, mesmo que siga o método idêntico ao francês (champenoise,ou clássico) fabricado em outro lugar no mundo, é vendido como espumante.


O Espumante é um vinho cuja efervescência resulta de uma segunda fermentação alcoólica, em garrafa ou outros recipientes fechados, produzidos pelos processos tecnológicos clássicos e admitidos por lei.Como já disse, o champanhe é feito com três tipos de uvas, exclusivamente: pinot noir, pinot meunier e chardonnay, (sendo as duas primeiras tintas ou pretas e a última branca).


Pode-se identificar quatro principais famílias de champanhes, cada qual com características distintas. Os que possuem corpo, sensuais, potentes, estruturados e intensos, com aromas de carvalho, especiarias e toques de frutas vermelhas; os champanhes com espírito, vivos, leves e delicados, com aromas cítricos predominantes; os champanhes com coração, generosos e calorosos, com seus aromas de brioches, mel e canela e finalmente os champanhes com alma, maduros, complexos e ricos, com toques de especiarias raras e frutas secas.


Processo de fabricação


O Champanhe é preparado pelo método Champenoise, ou método clássico, cuja fermentação decorre em garrafa. Os fabricantes de outras regiões utilizam bastante essa prática, podendo usar também os métodos charmat (fermentação se dá em cuba fechada) ou contínuo, cuja fermentação se vai operando na passagem de um para os vários depósitos seguintes e leveduras são adicionadas ao vinho duas vezes.


Tipos e categorias


O vinho mais representativo de um produtor costuma ser o Champagne Brut Non-Vintage, produzido habitualmente pela mistura de vinhos de diferentes safras, alguns bastante antigos (vinhos de reserva); a seguir, o Champagne Vintage, onde se usam uvas de uma única safra, produzido somente em anos de excepcional qualidade.


Um outro estilo bastante prestigiado é o Rosé, que pode ser Non-Vintage ou Vintage, produzido tanto por maceração (contato da casca das uvas tintas com o suco), como pela mistura de vinhos brancos com vinhos tintos, antes da segunda fermentação na garrafa. Existem ainda os Champagnes Demi-Sec, que possuem um caráter adocicado.


Mas as estreias deste espetáculo de bolinhas efervescentes são mesmos os chamados Special Cuvées. Estes champanhes são elaborados com os melhores vinhos da região, possuindo grande complexidade e distinção, envelhecendo na garrafa com muita nobreza.


Consumo


O champanhe tem um tempo mínimo indicado para que o sabor seja ressaltado e varia conforme sua categoria. O não-vintage ou comum precisa de três anos; o vintage quatro anos e coteaux champenois, um ano.


Combinando com as refeições


A Harmonização de champanhe e comida se faz de acordo com as características de cada uma das famílias já citadas. Desta forma, champanhes com corpo são boa companhia para foie gras, presunto Parma, assados e aves. Os champanhes com espírito se casam bem com peixes, sorbets e sobremesas geladas, e também são ideais como aperitivo. Os champanhes com coração se harmonizam com pratos agridoces, cordeiro, gratinados, sobremesas quentes e frutas vermelhas. Por fim, os champanhes com alma, que de tão extraordinários, merecem ser desfrutados por si só, em atitude contemplativa e de reverência


Armazenamento


Os Espumantes devem ser guardados em refrigeradores e na posição vertical. Por vezes, pode-se guardar também em adegas, longe do calor e umidade.


Como servir


Para se servir um champanhe deve-se atentar a alguns detalhes.


O primeiro diz respeito à temperatura, que deve se situar em torno dos 8ºC, podendo chegar a 10ºC para os grandes champanhes. Para se atingir esta temperatura, bastam cerca de 20 a 30 minutos num balde com água e gelo ou 3 horas de refrigerador. NUNCA coloque o champanhe no freezer;


Atenção na hora de abrir a garrafa: não deixe a rolha estourar! Isso pode fazer com que as bolinhas tão apreciadas desapareçam. Abra a garrafa com um suspiro;


Por último, sirva na taça adequada, a do tipo flûte , previamente esfriada.


Como dizia Napoleão Bonaparte, nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário.


Um feliz réveillon para todos tin tin.





domingo, 13 de dezembro de 2009

VINHOS ORGÂNICOS!



Os vinhos orgânicos, que invadiram o mercado seguindo a onda sustentável mundial. Produzidos em países tanto do Novo quanto do Velho Mundo, eles são o resultado de uma agricultura que não agride o meio ambiente. Desse modo, não são utilizados herbicidas ou pesticidas químicos para eliminar as pragas que prejudicam a vinha e nem adubos químicos, já que eles são absorvidos pela raiz.


Sem dúvida alguma, trata-se de uma agricultura que exige um trabalho extremamente complexo dos produtores, mas que traz incríveis benefícios em longo prazo, principalmente no que diz respeito ao equilíbrio da natureza. No entanto, ainda não é certo que isso também valha para a saúde humana.

Esses fermentados orgânicos são divididos em três categorias: orgânicos simples, biodinâmicos e naturais. Os primeiros são aqueles que são produzidos sem o auxílio de nenhum agrotóxico, mas não necessariamente sem a adição de substâncias químicas durante o restante de seu processo de fabricação. Os biodinâmicos são mais complexos, pois além de não utilizarem química no plantio, respeitam o calendário lunar. Por fim temos os naturais, que são vinhos muito mais radicais, ou seja, nada pode ser acrescentado enquanto ele é feito.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

TEMPERATURA DO VINHO

A temperatura ideal


É incrível como uma diferença mínima de temperatura pode afetar a apreciação de um vinho. Alguns graus a mais ou a menos podem interferir em fatores como a percepção do álcool, da acidez, da fruta e do equilíbrio. No entanto, apesar dos especialistas indicarem temperaturas ideais para cada tipo de vinho, vale lembrar que elas podem variar muito conforme o gosto individual, a estação do ano e o local.

Vinho tinto

Se for servido a uma temperatura muito baixa, de menos 4°C, todos os seus aromas ficarão inibidos. Suas papilas ficarão anestesiadas e os taninos do vinho serão acentuados. Se for o contrário e ele for servido a uma temperatura alta, o vinho vai parecer estar muito pesado, alcoólico, sem frescor e ácido.

A solução mais recomendada é servi-lo na temperatura ambiente europeia, de 15,5°C a 18,5°C. Mas essa regra não vale para todos os tintos. Aqueles que forem muito frutados e com baixo tanino precisam ser resfriados quase como os brancos. Isso ajuda a realçar a fruta.

Vinho branco

Por ter a acidez naturalmente alta, os vinhos brancos precisam ser bebidos mais resfriados para que a sensação ácida seja moderada. No entanto, se a bebida acabar ficando gelada demais, a percepção dos aromas ficará muito prejudicada.

Para resfriar o vinho, o ideal é colocar a garrafa dentro de um recipiente isotérmico em metal prateado, cheio de água e sal grosso, durante aproximadamente 30 minutos. Não é recomendado colocá-lo no congelador, pois uma vez resfriado bruscamente, o vinho tem seu aroma e sabor prejudicados. Além disso, você correria o risco do volume do líquido aumentar e a rolha acabar sendo expulsa ou a garrafa quebrando.

Champagne e espumantes

Recomenda-se que sejam consumidos a 6°C a 8°C. Essa temperatura é indicada porque o gás carbônico tende a se soltar mais quando a temperatura sobe, por isso eles precisam ser resfriados para que a liberação gasosa aconteça sutilmente.

Vinhos rosados

Uma vez que os vinhos rosés têm um baixo teor de taninos, eles podem ser consumidos um pouco mais frescos, a uma temperatura de 8°C a 12°C.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

TENDÊNCIAS & NOVO MUNDO

O vinho sempre exerceu enorme fascínio sobre o homem e o tem acompanhado em sua trajetória pelo mundo desde os primeiros passos das antigas civilizações. Porém, nunca se viu tamanho interesse pelo vinho e pela gastronomia como agora. O fenômeno é mundial mas, no Brasil , país de pouca tradição vinícola, ele se apresenta de forma muito marcante. Expresso exclusivamente nos Espumantes que é nosso carro chefe e caminhando ainda que lentamente para a fabricação de bons tintos.

Com recente abertura de nosso mercado às Importações, tivemos nossas prateleiras inundadas por vinhos das mais variadas procedências, inclusive de regiões produtoras desconhecidas do consumidor comum, num primeiro momento, o consumidor ainda pouco informado bebeu de tudo, indiscriminadamente.
Diante de tantas variedades de ofertas, as pessoas ficaram um tanto confusas e começaram a se perguntar: Como escolher? Como ler um rótulo de vinho? O que é um bom vinho?Que safra escolher? As informações começaram a circular, cursos de vinhos, revistas especializadas, livros, começaram a fazer enorme sucesso e pouco a pouco as pessoas começaram a ter condições de escolher melhor o seu vinho de cada dia.


Os vinhos de melhor qualidade ganharam espaço, e estão presentes em nossas casas, nos restaurantes e lojas especializadas. Tornou-se um hábito de sofisticação que chegou às classes médias, não estando mais restrito às elites.

Com a Globalização do paladar não podemos negar que hoje bebemos muito melhor do que nossos pais, mas perdeu-se um pouco do romantismo dos vinhos produzidos com uvas regionais, de grande tradição nas regiões produtoras. Devido à sua melhor qualidade, algumas cepas (geralmente francesas) ganharam muito espaço, sendo assimiladas por outras regiões.

A padronização está dando lugar ao prazer da fruta acentuada, também se tem nos países do novo mundo, o uso abusivo do carvalho que prejudica e se sobrepõe á fruta. A madeira não deve estar antes da fruta, mas depois dela, claro que a madeira continua imprescindível para flexibilizar o tanino dos grandes vinhos, mas na maioria ela pode estar sendo demais, em vinhos com bons taninos mas sem estrutura,a madeira vai dominar e a bebida se revelará sem intensidade e riqueza. Esse mesmo vinho mostrará seu potencial se passar por inox, pois sua fruta será privilegiada.

Em linhas gerais, a madeira deve ser utilizada para aumentar a complexidade do vinho e não para mascarar aromas e sabores, a palavra chave em vinho é o equilíbrio entre fruta e madeira. A máster of wine inglesa Jancis Robinson (dama do vinho)Também defende a restrição ao uso do barril de carvalho. A madeira é um elemento positivo quando não domina a bebida, vinhos jovens, como alguns brancos , que devem ser valorizados pelo agradável frescor da fruta , quando se utiliza madeira num vinho jovem ,seja branco ou tinto, em que a característica melhor é a fruta,se destrói a bebida.

O Mito de que vinho bom tem que ter madeira veio provavelmente da Califórnia, que foi a primeira a lançar os vinhos marcados pela presença de madeira, como o modelo era o vinho Bordeaux ,famoso no mundo todo,a presença da madeira era uma cópia de um dos aspectos do vinho francês:O envelhecimento em barril de carvalho,vinhos com identidade própria. Os grandes Bordeaux são vinhos feitos para se tomar entre 10 ou 20 anos depois de engarrafado,quando a madeira só aparece de forma sutil.quando ela aparece muito nos vinhos Bordeaux é porque o vinho está jovem demais. A evolução do vinho no novo mundo fez as vinícolas que se esmeram pela qualidade analisar as características da uva e, por conseguinte, o tipo de tratamento que ela merece. Hoje em dia buscamos vinhos com muita fruta e um toque de madeira. Se criou uma tendência mundial deixando todos os vinhos iguais, os famosos vinhos Coca Cola, são vinhos corretos, sem defeitos mas sem tipicidade.

A Nova Tendência é preservar a fruta, como resultado vinhos sem madeira começam a ter destaque novamente no mercado mundial, os exemplos são os vinhos Brancos ( Friuli na Itália , os Sauvignon Blanc da Nova Zelândia, do Chile, da Áustria, da Austrália , dos Estados Unidos e África do Sul).Cada vinho pode ter sua beleza,sem usar instrumentos artificiais que são dispensáveis,a madeira harmoniza o vinho,não o melhora.O uso dos chips que são lascas de madeira depositadas nos tanques de inox,para se conseguir sabor da madeira, teve sua entrada em cena alguns anos atrás, eles permitiram a vinhos baratos receber um toque de carvalho. Na França é proibido,e considerado crime, na Argentina também é proibido.Tem algumas experiências com vinhos de mesa, mas são vinhos desclassificados,o chip dá a ilusão de complexidade aos vinhos jovens,o chip é uma enganação para o consumidor,o gosto pode fazer com que ele pense que foi envelhecido,mas não tem envelhecimento,não tem o fenômeno de envelhecimento e complexidade,que acontece nos Barris e que traz a complexidade aromática. Os vinhos produzidos atualmente tendem a ser mais límpidos, mais frutados e menos tânicos, feitos para serem consumidos ainda jovens.

domingo, 29 de novembro de 2009

NICOLÁS CATENA " HOMEM DO ANO" PELA REVISTA DECANTER




                                 


A Revista Decanter elegeu Nicolás Catena Zapata como o Homem do ano de 2009,por sua colaboração com a modernização do vinho argentino e sua projeção mundial.
O Título de "Homem do Ano" da revista inglesa Decanter é um dos mais importantes e respeitados títulos do mundo do vinho-conferido as mais influentes personalidades do vinho.É um prêmio de considerável importância.

Por ter mudado o rumo da indústria de vinhos argentinos, Nicolás Catena décadas a frente de seu tempo, se propôs a elaborar na argentina vinhos de qualidade,comparável aos melhores da europa e califórnia.Segundo a revista ,ressaltou a incansável busca pela qualidade,estando muitos passos a frente de seus competidores,na opinião da decanter.O título coroa não só o perfeccionismo de catena mas também a alta qualidade que alguns produtores têm atingido atualmente na américa do sul.
Para o famoso crítico e visionário do mundo dos vinhos Robert Parker,Catena representa o máximo em vinhos da américa do sul, reconhecido também por Jancis Robinson .

Com grande visão de grande empresário ,paixão pelos vinhos dos quais fala com grande entusiasmo,realmente Nicolás Catena é um grande homem que faz grandes vinhos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

AROMAS E VINHOS



Os Seres Humanos,consumidores ou não de vinhos,são capazes de identificar cerca de 10.000 diferentes tipos de aromas, detalhe nós mulheres,comprovadamente somos melhores nisso.Até o momento já foram registrados pelos cientistas cerca 1.000 conponentes aromáticos nas uvas e vinhos.

Aquela amora,o café,as flores, o mel enfim.....os descritivos aromáticos,são resultado de vários fatores desde propriedades químicas da uva até a própria elaboração do vinho-vinificação, leveduras utilizadas,método de envelhecimento-e variam de percepçao de pessoa para pessoa.

Quando você inala os aromas de um vinho você está de fato em contato com uma série de substâncias voláteis que flutuam no espaço vazio da taça, por isso que balançamos a taça ,para que estas substâncias se misturem ao oxigênio, e revelem sua grandeza e se modifiquem.

Outros aromas se originam das leveduras utilizadas na fermentação. Ao transformar açucar um álcool,elas criam dezenas de compostos quimicos aromáticos, como frutas tropicais, pão torrado e ainda produzem fenois voláteis que lembram aromas  de terra , apesar de não ser originário do solo.

Os aromas,indicam estudos recentes, não vem somente  da natureza, também são produtos da ação do homem, resultados de gerações de vinicultores que adaptaram seus vinhedos e ajustaram a fermentação até atingir o máximo que o vinho pode proporcionar.

Nem todo mundo sabe, mas a grande produção mundial de vinhos não é nada romântica e mantém um carater essencialmente industrial. Essa Indústria do vinho está sempre de olho no mercado consumidor e faz vinho de acordo com o gosto popular. Durante muito tempo o Carvalho Imperou e todos queriam vinhos com aromas de madeira, depois de anos bebendo suco de carvalho os consumidores passaram a se interessar pelos aromas frutados,que hoje reinam entre esses vinhos filhos da tecnologia.

É ela a responsável pelo maior controle do produto final. Selecionam-se leveduras especiais e escolhe o tipo de fermentação que irá preservar e realçar os aromas frutados,e o resultado final parece mágica: Uma verdadeira explosão de frutas surge da garrafa aberta, atingindo nossas narinas de forma a não deixar dúvida de sua existência. Esses vinhos inpressionam principalmente os iniciantes .Vinhos que não possuem cheiros assustadores e indecifráveis, nada que espante o consumidor logo depois de enfiar o nariz na taça. São vinhos feitos para agradar a grande maioria das pessoas, famosos vinhos Coca Cola.

Felizmente continuam existindo os vinhos produzidos com originalidade e extremo cuidado. São os grandes Vinhos reflexo de sua origem, únicos e verdadeiros, sua narureza é totalmente diferente dos vinhos coca cola.Uma das caracteríticas de um grande vinho é que nem sempre ele cheira bem logo depois de aberto
muitas vezes seus aromas são confusos e difíceis logo que a garrafa é aberta , um grande vinho exige paciência. Por essa razão nem sempre os grandes vinhos são reconhecidos ou apreciados por principiantes. Provar um grande vinho requer paciência e abertura para não se prender nos cheiros óbvios e artificiais.



Os Compostos Aromáticos são divididos em três grupos

Primário-vem da propria uva e lembra frutas frescas e maduras,flores vegetais e minerais.
Secundário-Resultado do processo de fermentação,vinificação,não são originários da uva,são aromas de madeira e leveduras.
Terciário-é a sensação olfativa que o vinho desenvolve depois de engarrafado e envelhecido por vários anos.

Frutados-cassis,cerejas .ameixas,goiaba,framboesa ,groselha (frutas vermelhas nos vinhos tintos) pêssegos,abacaxi,maracuja,melão (frutas brancas e amarelas nos vinhos brancos)
Florais-rosas,violetas,jamins,acácias,tilia etc......
Especiarias & Condimentados-pimenta,cravo,canela,alcaçuz,noz-moscada.........
Animais-caça,carne ,pelo molhado,couro.........
Vegetais & Herbáceos-  palha,grama,feno,cogumelos,chá,fumo,pimentão..........
Minerais-petróleo,terra pedra de isqueiro...........
Químicos-fermento de pão,enxofre,removedor de esmalte........
Amadeirado-carvalho,baunilha,cedro,eucalipto..........
Outros Aromas-chocolate,mel,caixa de charutos,suor,xixi de gato.........

O Envelhecimento em Barricas de carvalho também agregam aromas ao vinho

Barrica Européia-(francesa)coco,nozes,cravo,pimenta preta
Barrica Americana-baunilha,noz-moscada,castanhas ,frutas secas
Tipos de Tostagem-mel,chocolate branco,serragem

Para conhecer e tirar mais prazer da bebida,é preciso se dedicar um pouco e observar com mais atenção o que vem da garrafa.


sábado, 21 de novembro de 2009

EPICURE SOMMELIER!

                                                        



Epicure Sommelier tem feito sucesso em bares,restaurantes,hotéis e tabacarias.
Caracterizado pelo máximo conhecimento sobre charutos e bebidas, o Epicure Sommelier é responsável pela elaboração da carta ou do menu desses produtos.com base nessa experiência também indica harmonizações, apresenta, corta, e acende o charuto do cliente. Sua necessidade foi percebida há muitos anos na europa ,em países como  Inglaterra, França, Espanha e Cuba.No Brasil a presença deste profissional  em ambientes de degustação tem estimulado o aprofundamento das práticas da apreciação do charuto.

Para quem pretende  fazer harmonizações entre charutos e bebidas,o ideal é começar com um charuto mais suave,depois ir passando gradativamente  para os de sabor médio e por fim um encorpado.
Dessa forma fica mais fácil, descobrir qual dos três combina melhor com o tipo de bebida escolhido.
Para realizar essa experiência os charutos da Menendez & Amerino ,maior produtora de charutos do Brasil,são ideais.

Os Charutos da linha Aquário são os mais suaves,próprios para quem está começando a fumar e não irão sobrepor os sabores da bebida.Os da linha Alonso Menendez têm um sabor mediano que contrasta com alguns tipos de bebidas.Já os da linha Dona Flor,tem um sabor mais pronunciado,que podem superar alguns tipos de bebidas com teor alcóolico mais baixo.O Vinho do Porto e o Jerez são combinações clássicas e perfeitas,com suas diversas classificações de safras e misturas, combinam bem com charutos suaves,médios e encorpados.

É importante para evitar uma futura decepção como,por exemplo: Uma harmonização onde o Charuto sobrepôe a bebida,ou o contrário. No entanto é sempre bom lembrar que a busca da melhor combinação ,é algo entre você o charuto e a bebida .não existe certo ou errado. E sim possibilidades de novas descobertas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

MIOLO GAMAY


Queridos Leitores venho apresentar a vocês o Vinho Gamay ,o nosso Beaujolais do Rio grande do Sul.
A Vinícola Miolo apresenta ao público o vinho gamay 2009. É destaque desta safra que promete encantar os apreciadores de vinhos, é um vinho leve e tem sua graça e virtudes apreciadas pela sua jovialidade. A Miolo em parceria com Henry Marionnet,um dos melhores viticultores da frança segundo o crítico de vinhos Robert Parker ,considerado pela imprensa francesa e pela critica internacional como o papa do gamay, produziu o miolo gamay 2009,elaborado com uvas da campanha gaúcha (RS) através do processo de maceração carbônica.O resultado e um vinho jovem ideal para o clima quente do brasil. E o mais interessante é que tem um ótimo custo benefício R$ 24,99.

Ideal para acompanhar,peixes,crustáceos,bacalhau,galeto,grelhados,massas com molho de tomate, com destaque para o queijo emmenthal.

sábado, 14 de novembro de 2009

BEAUJOLAIS NOUVEAU!


BEAUJOLAIS NOUVEAU EST ARRIVÉ

Chegou o Beaujolais Novo!
Se o Beaujolais novo fosse apenas o vinho da moda, ha muito tempo que não se beberia nem uma garrafa no mundo inteiro.O Beaujolais Nouveau é festejado todos os anos com grande alegria ,a partir da terceira quinta-feira do mês de novembro e tem um sucesso formidável.Atualmente é dificil mencionar todos os países que o festejam. Fala-se em mais de 190 países ....... deve-se salientar-se que este vinho delicado,suave e frutado é terrivelmente sedutor!  É o vinho da alegria , da partilha, da amizade que se pode saborear com toda a simplicidade.As celebrações começaram com um fenômeno local nos bares e cafés de Lyon.A safra de 2009 tem sido bastante elogiada em toda a frança como excelente.Os Beaujolais de 2009 estão saborosos e cheios de frescor,intensamente frutados,com belos aromas de frutas vermelhas frescas.

Beaujolais é uma das regiões mais românticas para se visitar.A videira reina nesta região,cobrindo até aos seus cumes em altas colinas,com exposição leste-sudeste e protegidas dos ventos frios e úmidos do oeste,pelos montes do Beaujolais o clima é temperado e raramente muito frio.
O casamento entre a uva gamay e o solo da região o tornam esse vinho único,fresco,frutado,leve e muito fácil de se beber.É o maior produtor mundial de vinhos feitos com a mais frutada das uvas,a gamay.
Com produção anual de 13 milhões de caixas.Com a frase Le Beaujolais nouveau est arrivé (o Beaujolais novo chegou) inicia-se um ritual animado em todo o mundo, sobretudo na frança.

Beaujolais Nouveau é um vinho de consumo rápido,em temperatura mais fresca(em torno dos 10 a 12 C graus) apresenta aromas típicos de frutas como banana e morango.Um corpo leve e suave ,e deve ser bebido preferencialmente em um mês,portanto não deve ser guardado.um vinho que é ao mesmo tempo,mágico,festivo,multicultural e sem deixar de ser o embaixador da frança, do jeito tipicamente francês de aproveitar a vida.Os franceses fazem a festa nas ruas de paris para receber o Beaujolais nouveau não por ser o melhor mais por ser o primeiro da safra a ficar pronto.A região produtora vai de Lyon até o Basse-Borgogne(borgonha inferior) e está cheia de grandes aldeias e as suas estradas são salpicadas por vinhas e  paisagens românticas.

O Nome Beaujolais deriva da antiga capital da região,a cidade medieval Beaujeu.
No século treze ,o domínio de Beaujeu cresceu tanto em extensão ,que era a terceira Baronia da frança.Hoje a cidade mantém as impressões do passado.Quem passa pela região não pode deixar de visitar o museu marius audin, que guarda vários objetos e móveis da velha Beaujeu.

Processo de vinificação
O Caráter do vinho Beaujolais , não vem apenas da gamay, mas também do processo de vinificação característico da região,a maceração carbônica.
A Colheita é obrigatoriamente manual,as uvas são colocadas inteiras numa cuba ,sem desengaço nem prensagem .O peso das uvas que estão acima as inferiores começam a fermentar internamente em grande velocidade,e o que enfatiza a característica da fruta no aroma e no sabor,além de minimizar os taninos e o ácido málico.

Denominações
Numa ordem de qualidade crescente temos cinco tipos:
Beaujolais nouveau, Beaujolais Superíur,Beaujolais -Villages,Beaujolais-Blanc,Beaujolais-Crus.


Beaujolais Nouveau
É o mais comum ,pode ser produzido em qualquer lugar da região.um vinho que vai de razoável a muito bom,e deve ser comsumido no ano em que foi produzido.

Beaujolais Superiur
Quase igual ao anterior,apenas com 1C grau a mais de alcóol.

Beaujolais -Villages
Um degrau acima.o vinho precisa vir de comunas determinadas e bem específicas,que se situam normalmente no norte,na melhor zona.também devem ser consumidos jovens,um ou dois anos após a produção.

Beaujolais-Blanc
Não é uma apellation, e sim um tipo de vinho.a produção é pequena e os vinhos são feitos  quase que exclusivamente com a uva Chardonnay. 

Cru -Beaujolais
Depois dessas denominações temos os dez crus de beaujolais.
São vinhos de classe ,cada um com características próprias.Mas são também frutados e alegres,a produção é mais limitada,e alguns chegam aos 13 ou 14 C graus.
Eles são: Moulin a Vent,brouilly,Cotes de Brouilly,Chénas,Chiroubles,Fleurie,Juliénas,Morgon,Saint- Amor e Regnie.

Chame seus amigos para Brindar e festejar a chegada do Beaujolais  Nouveau 2009.

sábado, 7 de novembro de 2009

SER OU NÃO SER UM ENOCHATO ?



Entre uma garrafa e outra,o interesse pelo mondo dos vinhos vem crescendo,e com ele o aumento dos Enochatos,que aproveitam qualquer chance para girar a taça sem parar,fungar e  enumerar esdruxulamente todos os aromas .Esse tipo de comportamento é o que mais se espalha a fama de pedante da cultura do vinho. Então vigie-se,controle seus impulsos,mas não se torne um Enochato.

Todos nós conhecemos um Enochato,ele sempre está nas festas nos restaurantes,sempre com cara de entendido, revira os olhos,funga dentro da taça e só tem um assunto aromas,aromas e aromas.Há muitas variantes ,alguns fazem questão de demonstrar um pretenso conhecimento que não possuem,para impressionar e fala um monte de bobagens.Há também o enochato endinheirado,que compra vinhos pelo rótulo e gasta fortunas em garrafas que são verdadeiros ícones,tornando o vinho uma forma de se obter status.O que todos tem em comum é o que em geral define os chatos de qualquer espécie e a incapacidade de perceber que estão sendo inconvenientes.

Não seja chato,deguste na hora de degustar e beba socialmente quando indicado.Não contribua para a injusta imagem de esnobismo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

HARMONIZAÇÕES & DICAS DE LEITURA !


Para os interessados  em tirar melhor proveito do casamento entre refeição e bebida a dica é o livro comida e vinho de José Ivam Santos e José Maria Santana.trata-se de uma regra simples e direta de harmonização resumida no título acima.Uma regrinha diz que a força de um prato não deve sobrepujar a do vinho. Alimentos e vinhos tem peso, e ele deve ser levado em conta na harmonização.Um vinho potente vai atropelar uma comida leve e o contrário também.As proporções de um e de outro devem ser parecidas.Sabores delicados pedem vinhos delicados.O livro além de prático está bem escrito.

  

Outra dica é o maravilhoso livro de harmonizações de Joanna Simon.Este livro mostra como é possivel encontrar os casamentos que mais dão certo entre eles .trata-se de uma obra prima.O Livro deixa de lado as explanações teóricas em favor de uma abordagem leve,clara e eminentemente prática.A autora destaca os pratos que mais combinam com as variedades de uvas.Ao final do livro há um guia especial para consultas rápidas ,com sugestões sintéticas distribuidas em duas tabelas organizadas alfabeticamente.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

VINHO E LITERATURA

O vinho sempre teve uma ligação muito estreita com a literatura.No período da Mitologia Grega,a bebida foi representada por Baco.Osgrandes filósofos do período,como Sócrates,Platão e Aristóteles,ressaltavam suas qualidades e virtudes.As grandes festas realizadas no império romano eram regadas a vinho.

Resistiu a milênios e séculos,e ainda hoje é uma das bebidas preferidas de escritores e intelectuais, grandes mestres como Charles Boudelaires, James Joyce, Ernest Hemingway, Fernando Pessoa e Mario Quintana apreciavam a bebida, e exaltavam o prazer de degustar uma bela taça de vinho.

No Brasil,um grande apreciador da bebida é o escritor Luis Fernando Veríssimo.Autor de livros consagrados como Ánalista de bagé,Comédias da vida privada e as Mentiras que os Homens contam,sua obra se divide em romances,crônicas,contos, poesia e quadrinhos. Em sua obra ,há um espaço dedicado a gastronomia,como a mesa voadora,que reune várias crônicas sobre comida e o universo que a envolve,e gula-o clube dos  anjos, que fala sobre um dos sete pecados capitais.

Meus Queridos leitores,  além de uma boa taça de vinho você deve se deliciar também com uma boa leitura.