domingo, 27 de dezembro de 2009

CAVA

Nome que os vinhos espumantes naturais recebem na Espanha.

A Espanha é a maior produtora do mundo deste tipo de vinho, suplanta a França que tem o seu Champagne.

Em todo o território espanhol pode ser produzido, mas é na Catalunha, na Região do Pénedes, mais precisamente em San Sadurni de Noya que se concentra a maior e melhor produção. Nesta região as uvas Xerello, Macabeu e Perellada formam a base para a elaboração deste produto. Os dois métodos naturais de elaboração de espumantes são adotados, o Tradicional (champenoise) e o Charmat (fermentação em cubas de inóx). Segundo a graduação de açúcar, são produzidos 4 tipos de vinhos: o Extra Seco, o Seco, o Semi Seco e o Doce.

A Cava é um produto tão popular em Espanha, que é difícil encontrar uma residência espanhola que não tenha uma ou várias garrafas de Cava no refrigerador. Ao saírem para seus programas noturnos, os espanhóis costumam marcar um ponto de encontro na casa de uma amigo e antes de sair para jantar ou dançar, todos tomam algumas “copas de cava”.

As marcas mais famosas de Cavas são Codorniu e Freixenet, cada uma destas Casas produz anualmente quase 60 milhões de garrafas de Cavas.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

DORNFELDER

Dornfelder


Casta tinta alemã, desenvolvida a partir do cruzamento das castas Helfensteiner e Heroldrebe.
Recebeu este nome em homenagem ao fundador da escola vitícola de Württemberg, no século XIX. Seu cultivo de sucesso iniciou-se em 1955. Sua maior contribuição é para a pigmentação, pois os vinhos tintos alemães sofriam por falta de uma cor robusta, sendo na sua maioria considerados “rubinos”, ou seja, um passo a mais na cor de um rose. Com esta cepa, os vinhos alemães tintos ganharam mais cor. Com excelente acidez e um bom descritivo aromático, os vinhos obtidos desta uva podem muito bem passar pela madeira e evoluírem nas garrafas. Em 2008 existia mais de 2.000 ha de vinhedos de Dornfelder cultivados em toda a Alemanha, destacando-se a região de Baden Württemberg como a maior produtora de vinhos desta casta

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

CHAMPAGNE


Saudações Vinícolas!

História


Embora existam registros históricos atestando o plantio de vinhas nessa região há muitos, muitos anos atrás, os louros recaem sobre os romanos. Teriam sido eles os responsáveis por darem início à cultura de vinhas e, portanto, à produção de espumantes na França.


Mas teria sido Don Perignon, monge beneditino, em 1670, quem iniciou a fabricação do champanhe da maneira como o degustamos hoje. Deve-se a ele a descoberta dos cinco principais elementos do processo de fabricação.


A Região demarcada de Champagne foi oficialmente instituída em 1927, desde então, somente três tipos de uvas são permitidos para a produção de champanhes: chardonnay, pinot noir e pinot meunier (a primeira branca e as duas últimas pretas). Além disso, estritos regulamentos foram criados para limitar a quantidade de uvas produzidas e por consequência, a quantidade de champanhe produzido nas vinícolas, garantindo um elevado padrão de qualidade.


Assim, somente os vinhos produzidos nessa região, ganham o título de ‘champagne’, Qualquer espumante, mesmo que siga o método idêntico ao francês (champenoise,ou clássico) fabricado em outro lugar no mundo, é vendido como espumante.


O Espumante é um vinho cuja efervescência resulta de uma segunda fermentação alcoólica, em garrafa ou outros recipientes fechados, produzidos pelos processos tecnológicos clássicos e admitidos por lei.Como já disse, o champanhe é feito com três tipos de uvas, exclusivamente: pinot noir, pinot meunier e chardonnay, (sendo as duas primeiras tintas ou pretas e a última branca).


Pode-se identificar quatro principais famílias de champanhes, cada qual com características distintas. Os que possuem corpo, sensuais, potentes, estruturados e intensos, com aromas de carvalho, especiarias e toques de frutas vermelhas; os champanhes com espírito, vivos, leves e delicados, com aromas cítricos predominantes; os champanhes com coração, generosos e calorosos, com seus aromas de brioches, mel e canela e finalmente os champanhes com alma, maduros, complexos e ricos, com toques de especiarias raras e frutas secas.


Processo de fabricação


O Champanhe é preparado pelo método Champenoise, ou método clássico, cuja fermentação decorre em garrafa. Os fabricantes de outras regiões utilizam bastante essa prática, podendo usar também os métodos charmat (fermentação se dá em cuba fechada) ou contínuo, cuja fermentação se vai operando na passagem de um para os vários depósitos seguintes e leveduras são adicionadas ao vinho duas vezes.


Tipos e categorias


O vinho mais representativo de um produtor costuma ser o Champagne Brut Non-Vintage, produzido habitualmente pela mistura de vinhos de diferentes safras, alguns bastante antigos (vinhos de reserva); a seguir, o Champagne Vintage, onde se usam uvas de uma única safra, produzido somente em anos de excepcional qualidade.


Um outro estilo bastante prestigiado é o Rosé, que pode ser Non-Vintage ou Vintage, produzido tanto por maceração (contato da casca das uvas tintas com o suco), como pela mistura de vinhos brancos com vinhos tintos, antes da segunda fermentação na garrafa. Existem ainda os Champagnes Demi-Sec, que possuem um caráter adocicado.


Mas as estreias deste espetáculo de bolinhas efervescentes são mesmos os chamados Special Cuvées. Estes champanhes são elaborados com os melhores vinhos da região, possuindo grande complexidade e distinção, envelhecendo na garrafa com muita nobreza.


Consumo


O champanhe tem um tempo mínimo indicado para que o sabor seja ressaltado e varia conforme sua categoria. O não-vintage ou comum precisa de três anos; o vintage quatro anos e coteaux champenois, um ano.


Combinando com as refeições


A Harmonização de champanhe e comida se faz de acordo com as características de cada uma das famílias já citadas. Desta forma, champanhes com corpo são boa companhia para foie gras, presunto Parma, assados e aves. Os champanhes com espírito se casam bem com peixes, sorbets e sobremesas geladas, e também são ideais como aperitivo. Os champanhes com coração se harmonizam com pratos agridoces, cordeiro, gratinados, sobremesas quentes e frutas vermelhas. Por fim, os champanhes com alma, que de tão extraordinários, merecem ser desfrutados por si só, em atitude contemplativa e de reverência


Armazenamento


Os Espumantes devem ser guardados em refrigeradores e na posição vertical. Por vezes, pode-se guardar também em adegas, longe do calor e umidade.


Como servir


Para se servir um champanhe deve-se atentar a alguns detalhes.


O primeiro diz respeito à temperatura, que deve se situar em torno dos 8ºC, podendo chegar a 10ºC para os grandes champanhes. Para se atingir esta temperatura, bastam cerca de 20 a 30 minutos num balde com água e gelo ou 3 horas de refrigerador. NUNCA coloque o champanhe no freezer;


Atenção na hora de abrir a garrafa: não deixe a rolha estourar! Isso pode fazer com que as bolinhas tão apreciadas desapareçam. Abra a garrafa com um suspiro;


Por último, sirva na taça adequada, a do tipo flûte , previamente esfriada.


Como dizia Napoleão Bonaparte, nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário.


Um feliz réveillon para todos tin tin.





domingo, 13 de dezembro de 2009

VINHOS ORGÂNICOS!



Os vinhos orgânicos, que invadiram o mercado seguindo a onda sustentável mundial. Produzidos em países tanto do Novo quanto do Velho Mundo, eles são o resultado de uma agricultura que não agride o meio ambiente. Desse modo, não são utilizados herbicidas ou pesticidas químicos para eliminar as pragas que prejudicam a vinha e nem adubos químicos, já que eles são absorvidos pela raiz.


Sem dúvida alguma, trata-se de uma agricultura que exige um trabalho extremamente complexo dos produtores, mas que traz incríveis benefícios em longo prazo, principalmente no que diz respeito ao equilíbrio da natureza. No entanto, ainda não é certo que isso também valha para a saúde humana.

Esses fermentados orgânicos são divididos em três categorias: orgânicos simples, biodinâmicos e naturais. Os primeiros são aqueles que são produzidos sem o auxílio de nenhum agrotóxico, mas não necessariamente sem a adição de substâncias químicas durante o restante de seu processo de fabricação. Os biodinâmicos são mais complexos, pois além de não utilizarem química no plantio, respeitam o calendário lunar. Por fim temos os naturais, que são vinhos muito mais radicais, ou seja, nada pode ser acrescentado enquanto ele é feito.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

TEMPERATURA DO VINHO

A temperatura ideal


É incrível como uma diferença mínima de temperatura pode afetar a apreciação de um vinho. Alguns graus a mais ou a menos podem interferir em fatores como a percepção do álcool, da acidez, da fruta e do equilíbrio. No entanto, apesar dos especialistas indicarem temperaturas ideais para cada tipo de vinho, vale lembrar que elas podem variar muito conforme o gosto individual, a estação do ano e o local.

Vinho tinto

Se for servido a uma temperatura muito baixa, de menos 4°C, todos os seus aromas ficarão inibidos. Suas papilas ficarão anestesiadas e os taninos do vinho serão acentuados. Se for o contrário e ele for servido a uma temperatura alta, o vinho vai parecer estar muito pesado, alcoólico, sem frescor e ácido.

A solução mais recomendada é servi-lo na temperatura ambiente europeia, de 15,5°C a 18,5°C. Mas essa regra não vale para todos os tintos. Aqueles que forem muito frutados e com baixo tanino precisam ser resfriados quase como os brancos. Isso ajuda a realçar a fruta.

Vinho branco

Por ter a acidez naturalmente alta, os vinhos brancos precisam ser bebidos mais resfriados para que a sensação ácida seja moderada. No entanto, se a bebida acabar ficando gelada demais, a percepção dos aromas ficará muito prejudicada.

Para resfriar o vinho, o ideal é colocar a garrafa dentro de um recipiente isotérmico em metal prateado, cheio de água e sal grosso, durante aproximadamente 30 minutos. Não é recomendado colocá-lo no congelador, pois uma vez resfriado bruscamente, o vinho tem seu aroma e sabor prejudicados. Além disso, você correria o risco do volume do líquido aumentar e a rolha acabar sendo expulsa ou a garrafa quebrando.

Champagne e espumantes

Recomenda-se que sejam consumidos a 6°C a 8°C. Essa temperatura é indicada porque o gás carbônico tende a se soltar mais quando a temperatura sobe, por isso eles precisam ser resfriados para que a liberação gasosa aconteça sutilmente.

Vinhos rosados

Uma vez que os vinhos rosés têm um baixo teor de taninos, eles podem ser consumidos um pouco mais frescos, a uma temperatura de 8°C a 12°C.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

TENDÊNCIAS & NOVO MUNDO

O vinho sempre exerceu enorme fascínio sobre o homem e o tem acompanhado em sua trajetória pelo mundo desde os primeiros passos das antigas civilizações. Porém, nunca se viu tamanho interesse pelo vinho e pela gastronomia como agora. O fenômeno é mundial mas, no Brasil , país de pouca tradição vinícola, ele se apresenta de forma muito marcante. Expresso exclusivamente nos Espumantes que é nosso carro chefe e caminhando ainda que lentamente para a fabricação de bons tintos.

Com recente abertura de nosso mercado às Importações, tivemos nossas prateleiras inundadas por vinhos das mais variadas procedências, inclusive de regiões produtoras desconhecidas do consumidor comum, num primeiro momento, o consumidor ainda pouco informado bebeu de tudo, indiscriminadamente.
Diante de tantas variedades de ofertas, as pessoas ficaram um tanto confusas e começaram a se perguntar: Como escolher? Como ler um rótulo de vinho? O que é um bom vinho?Que safra escolher? As informações começaram a circular, cursos de vinhos, revistas especializadas, livros, começaram a fazer enorme sucesso e pouco a pouco as pessoas começaram a ter condições de escolher melhor o seu vinho de cada dia.


Os vinhos de melhor qualidade ganharam espaço, e estão presentes em nossas casas, nos restaurantes e lojas especializadas. Tornou-se um hábito de sofisticação que chegou às classes médias, não estando mais restrito às elites.

Com a Globalização do paladar não podemos negar que hoje bebemos muito melhor do que nossos pais, mas perdeu-se um pouco do romantismo dos vinhos produzidos com uvas regionais, de grande tradição nas regiões produtoras. Devido à sua melhor qualidade, algumas cepas (geralmente francesas) ganharam muito espaço, sendo assimiladas por outras regiões.

A padronização está dando lugar ao prazer da fruta acentuada, também se tem nos países do novo mundo, o uso abusivo do carvalho que prejudica e se sobrepõe á fruta. A madeira não deve estar antes da fruta, mas depois dela, claro que a madeira continua imprescindível para flexibilizar o tanino dos grandes vinhos, mas na maioria ela pode estar sendo demais, em vinhos com bons taninos mas sem estrutura,a madeira vai dominar e a bebida se revelará sem intensidade e riqueza. Esse mesmo vinho mostrará seu potencial se passar por inox, pois sua fruta será privilegiada.

Em linhas gerais, a madeira deve ser utilizada para aumentar a complexidade do vinho e não para mascarar aromas e sabores, a palavra chave em vinho é o equilíbrio entre fruta e madeira. A máster of wine inglesa Jancis Robinson (dama do vinho)Também defende a restrição ao uso do barril de carvalho. A madeira é um elemento positivo quando não domina a bebida, vinhos jovens, como alguns brancos , que devem ser valorizados pelo agradável frescor da fruta , quando se utiliza madeira num vinho jovem ,seja branco ou tinto, em que a característica melhor é a fruta,se destrói a bebida.

O Mito de que vinho bom tem que ter madeira veio provavelmente da Califórnia, que foi a primeira a lançar os vinhos marcados pela presença de madeira, como o modelo era o vinho Bordeaux ,famoso no mundo todo,a presença da madeira era uma cópia de um dos aspectos do vinho francês:O envelhecimento em barril de carvalho,vinhos com identidade própria. Os grandes Bordeaux são vinhos feitos para se tomar entre 10 ou 20 anos depois de engarrafado,quando a madeira só aparece de forma sutil.quando ela aparece muito nos vinhos Bordeaux é porque o vinho está jovem demais. A evolução do vinho no novo mundo fez as vinícolas que se esmeram pela qualidade analisar as características da uva e, por conseguinte, o tipo de tratamento que ela merece. Hoje em dia buscamos vinhos com muita fruta e um toque de madeira. Se criou uma tendência mundial deixando todos os vinhos iguais, os famosos vinhos Coca Cola, são vinhos corretos, sem defeitos mas sem tipicidade.

A Nova Tendência é preservar a fruta, como resultado vinhos sem madeira começam a ter destaque novamente no mercado mundial, os exemplos são os vinhos Brancos ( Friuli na Itália , os Sauvignon Blanc da Nova Zelândia, do Chile, da Áustria, da Austrália , dos Estados Unidos e África do Sul).Cada vinho pode ter sua beleza,sem usar instrumentos artificiais que são dispensáveis,a madeira harmoniza o vinho,não o melhora.O uso dos chips que são lascas de madeira depositadas nos tanques de inox,para se conseguir sabor da madeira, teve sua entrada em cena alguns anos atrás, eles permitiram a vinhos baratos receber um toque de carvalho. Na França é proibido,e considerado crime, na Argentina também é proibido.Tem algumas experiências com vinhos de mesa, mas são vinhos desclassificados,o chip dá a ilusão de complexidade aos vinhos jovens,o chip é uma enganação para o consumidor,o gosto pode fazer com que ele pense que foi envelhecido,mas não tem envelhecimento,não tem o fenômeno de envelhecimento e complexidade,que acontece nos Barris e que traz a complexidade aromática. Os vinhos produzidos atualmente tendem a ser mais límpidos, mais frutados e menos tânicos, feitos para serem consumidos ainda jovens.